«A Polícia de Chimoio, Manica, centro de Moçambique, deteve dois jovens que tentavam vender uma criança, de seis anos, viva ou morta, dependendo da preferência do cliente.
Segundo a polícia, os jovens, com idades entre 23 e 26 anos, tinham raptado a criança, seu sobrinho, no Centro Hípico, um bairro pobre de Chimoio, e pretendiam vender o menor a 250 mil meticais (5.500 euros) para quem o quisesse vivo, ou o dobro do preço já em cadáver.
O facto ocorreu no fim-de-semana, quando os jovens foram contactados, por um desconhecido, para procurarem alguém que conseguisse uma criança para venda, daí que pegaram no sobrinho, filho da tia de ambos, já falecida, para o negócio.
"Intercepámos a informação do negócio (venda da criança) e montámos um falso comprador para pagar a criança viva. A polícia esteve à paisana e conseguimos resgatar a criança", explicou à Lusa Pedro Jemusse, chefe das relações públicas no comando da Polícia em Manica.
Os jovens, que foram detidos, frequentavam o ensino secundário na escola pré-universitária Samora Machel. Aguardam os procedimentos judiciais e vão responder por crimes de rapto e tentativa de venda de ser humano. A criança foi devolvida aos avós.
"A ficha criminal deles está sendo analisada, para se apurar se já tinham passado por crimes hediondos, porque se pedisses para comprar o cadáver de certeza que matariam a criança", frisou Pedro Jemusse.
Em Manica, são frequentes os casos de rapto e venda de crianças, na maior parte dos casos para extrair órgãos genitais para "fins satânicos".
Recentemente, um casal, denunciado pela população, foi detido pela polícia por ter raptado e mantido em cativeiro duas menores. As crianças viriam a ser recuperadas na vizinha província de Tete (centro), supostamente a caminho do Malauí, onde seriam vendidas.»
in CM online, 14-02-2011
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