«Um homem manteve a mulher presa no sótão sujo e sem luz durante 16 anos, enquanto vivia com a amante em casa, em Sorocaba, Brasil. Graças a uma denúncia anónima, a mulher foi resgatada da prisão a que havia sido submetida. Os irmãos e os filhos da mulher sabiam do caso.
Sebastiana Aparecida Groppo está casada com João Batista Groppo há 40 anos. Contudo, durante dois períodos distintos, a mulher esteve alojada no sótão da casa, o último dos quais desde 2003 até agora, na sequência da morte de um filho. No total, terá estado 16 anos sequestrada.
João Groppo alega que a mulher sofria de problemas mentais e era agressiva. Por isso, prendeu-a no sótão, enquanto vivia em casa com a amante, Maria Aparecida Furquim. Ao longo dos anos, Sebastiana vivia em plena escuridão, já que o marido não lhe acendia a luz com receio que a mulher a deixasse acesa o dia inteiro.
Uma denúncia anónima permitiu à polícia retirar a mulher de um local impróprio para um ser humano: Sebastiana foi encontrada quase nua, deitada numa cama de cimento e coberta com uma manta, num sótão escuro, húmido, sujo e cheio de baratas.
As portas do sótão estavam fechadas a cadeado e era através das grades que o marido lhe passava a comida.
A mulher foi levada para o hospital de Sorocaba, a cerca de 100 quilómetros de S. Paulo, onde ficou internada. Os agentes policiais que a encontraram no sótão afirmaram que Sebastiana estava calma e não demonstrava sofrer de doenças graves. Contudo, notaram transtornos mentais.
Ao que foi apurado, os filhos e irmãos da mulher tinham conhecimento do que se passava, mas nunca procuraram solução para o caso.
João Groppo e a amante foram presos e arriscam, agora, a uma pena de prisão entre dois a oito anos.»
in JN online, 28-01-2011
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